O número 18 da revista Socialismo e Liberdade, publicada em julho de 2017, não traz nenhuma autora mulher entre os mais de 10 colaboradores, com exceção de Carolina Peters que faz a tradução de artigo inédito de Marx em português, e Luciana Araújo, que editou o artigo “A reforma agrária precisa do apoio dos trabalhadores das cidades”, contribuições técnicas mas não menos intelectuais. O Comitê Executivo da revista, responsável pela edição, composto por representantes de diversas tendências políticas do PSOL, vem por meio desta nota reconhecer esse erro grave e se desculpar.
Atrasos no envio de textos, cancelamentos de solicitações e indisponibilidades são fatos contingentes, mas que não justificam a ausência da voz feminina na referida edição. A revista Socialismo e Liberdade busca ser um espaço de debate e reflexão que rompa com os estigmas e amarras da sociedade injusta, desigual e opressora em que vivemos, representando a pluralidade das tendências da esquerda. Foi nessa perspectiva que atuamos forte e consensualmente na equipe executiva para garantir a publicação de um artigo sobre a questão racial e outro sobre o aniversário da Revolta de Stonewall e sua importância para a luta LGBT, além da questão do Guarani-Kaiowá, que ilustra a capa – temáticas em relação às quais também já avaliamos que precisamos ver reforçadas na publicação da Fundação.
O reconhecimento de um erro quando cometido é condição necessária para o amadurecimento da luta política. O Comitê Executivo da revista se desculpa, e reitera seu compromisso com a luta feminista e os movimentos de mulheres, por uma sociedade mais justa e igualitária, marchando sob as esperançosas bandeiras do Socialismo e da Liberdade.
14/07/2017
Comitê Executivo da Revista Socialismo e Liberdade