A primeira semana de novembro esteve marcada por novos acontecimentos na Catalunha. Conselheiros do governo catalão foram aprisionados por “delito de rebelião” e o presidente Carles Puigdemont permanece em liberdade condicional em Bruxelas. Por outro lado, a presidenta do Parlment, Carme Forcadell, acatou a intervenção espanhola, afastando-se da ruptura com o Estado espanhol. Enquanto isso, o bloco independentista tende a se fragmentar nas eleições de 21 de dezembro e as ruas voltam a ser ocupadas por mobilizações pró e contra a soberania catalã.

Além disso, outros destaques da mídia internacional foram: o giro de Trump pela Ásia num contexto de crescente rivalidade com a China de Xi Jinping; a revelação de centenas de contas em paraísos fiscais de importantes políticos, empresas e celebridades internacionais; a derrota do Trumpismo em diversas eleições regionais nos EUA; a queda do secretário de Estado britânico por denúncias de assédio sexual; o fortalecimento de Berlusconi no sul da Itália; a queda do governo libanês em meio ao acirramento de tensões entre Arábia Saudita e Irã; a prisão de outra figura de relevo no kirchnerismo por corrupção na Argentina; o ambiente morno de eleições no Chile; a confirmação de um pleito presidencial por Maduro em 2018.

Na segunda parte do Clipping Semanal, repercutimos os debates feitos pela esquerda sobre a Catalunha e o importante avanço dos socialistas em eleições regionais nos EUA.

Charles Rosa – Observatório Internacional da Fundação Lauro Campos

 

 

Crise na Catalunha

Puigdemont na Bélgica

La Vanguardia (05/11): “Puigdemont e os conselheiros ficam em liberdade condicional”

“Carles Puigdemont, presidente suspenso da Generalitat da Catalunha, e os quatro ex-conselheiros que permanecem com ele em Bruxelas, desde a segunda-feira passada 30 de outubro ficaram em liberdade condicional depois de um juiz, lhes tomasse a declaração durante cinco horas na capital belga”.

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2zxcmaf

La Vanguardia (07/11): “Puigdemont aponta a Estrasburgo: ‘Espanha passará vergonha nos tribunais internacionais”

“O ex-presidente da Generalitat, Carles Puigdemont, enviou uma dupla mensagem desde Bruxelas, um ao Estado espanhol, ao que voltou a instar a aceitar os resultados das eleições de 21 de dezembro, sobretudo no caso de que ganhe o bloco independentista em qualquer que seja finalmente sua configuração. A outra mensagem foi dirigida a Europa, a quem reclamou que reaja ante “uma causa de direitos humanos”, porque “estão se violando os direitos humanos com os companheiros que estão encarcerados” e “Europa não pode ter a todo um governo na prisão ou no exílio”.

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2AvOy6P

Eleições em 21-D

El Confidencial (05/11): “ERC ganharia o 21-D, mas o bloco independentista não conseguiria a maioria”

“Segundo a pesquisa de ‘La Vanguardia’, ERC conseguiria entre 45 e 46 deputados, mas a soma de cadeiras com PdeCat (14 e 15), que ficaria na quarta posição, e a CUP, com 7 e 8 cadeiras frente aos 10 das eleições anteriores, não alcançando a maioria absoluta necessária; ficariam com 66 deputados, dois menos que os necessários. Este bloco conseguiu 72 deputados nas eleições de 2015”.

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2yLfPoD

Greve Geral

El Diario.es (08/11): “A greve geral do 8-N paralisa as rodovias mas tem uma adesão escassa nos centros de trabalho.

“Os grevistas cortam os principais acessos a Barcelona e vários pontos da AP-7, ainda que algumas vias tenham sido reabertas pelos Mossos. Nula incidência da greve na fábrica SEAT ou em Mercabarna, enquanto o setor educativo teve uma adesão de 31%, segundo o governo. Uma concentração de ANC e Ómnium enche praça Sant Jaume para pedir a liberdade dos ex-conselheiros e dos Jordis”.

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2hfCsWQ

Forcadell

El Periódico (09/11): “Presidenta do Parlament se descola do Govern e acata o 155”

“A presidenta do Parlament, Carme Forcadell, afastou-se da estratégia de defesa seguida na quinta-feira passada pelos ex-membros do Govern que acabaram em prisão por decisão da juíza Carmen Lamela. Em seu lugar, ela optou por responder às perguntas da procuradoria em relação ao delito de rebelião que ela é acusada e por acatar a aplicação do artigo 155 da Constituição, informaram fontes jurídicas”.

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2hWYnmD

Escândalo do Paradise Papers

El País.uy (06/11): “10 chaves para entender o caso dos Paradise Papers”

“Mais de três milhões de documentos expõem como opera em paraísos fiscais uma elite que inclui 120 políticos, empresários, artistas e empresas. As chaves para entender o caso. Esses 13,4 milhões de documentos —que no total representam mais de 1.4 terabyte de informação – expõem a operatória até agora secreta do que se conhece como ‘o círculo mágico offshore”. Ou seja, uma elite que inclui 120 políticos, príncipes, empresários, oligarcas, estrelas de Hollywood e esportistas de elite, igual a algumas das maiores multinacionais, e alguns dos bancos e universidades mais reconhecidas do mundo. A rainha Elizabeth, o presidente Santos, o secretário de Comércio de Trump, Bono Vox e Madonna estão na lista”.

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2hlZ0ZN

Demissão de ministro de Secretário de Defesa Britânico

The Guardian (04/11): “Revelado: por que Michael Fallon foi obrigado a renunciar como secretário de Defesa”

“As dramáticas circunstâncias da repentina renúncia de sir Michael Fallon como secretário de Defesa na semana passada podem ser reveladas pelo Obsever. O ponto de partida da derrocada do peso pesado do gabinete na quarta-feira passada começou após uma chamada telefônica à jornalista Jane Merrick, que informou a Downing Street que ele se insinuou sobre ela e tratou de beijá-la nos lábios em 2003 depois de terem almoçado juntos”.

LINK (em inglês): http://bit.ly/2yujQxj

Eleições na Sicília

FRANCE 24 (07/11): “Eleições regionais na Sicília dão um novo impulso a Silvio Berlusconi”

“O ex-primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, vive um regresso político depois da vitória nas eleições regionais na Sicília, de sua coalizão de direita. As eleições na Sicília, Itália, geralmente refletem as tendências políticas em todo o país em decorrência dos problemas da ilha que extrapolam os de toda a Itália: uma taxa de desemprego importante, uma grande de dívida e uma economia inativa. Os fluxos de imigrantes resgatados no mar Mediterrâneo que chegam cada dia sobre a ilha foram também uma problemática central no debate político das eleições. A coalizão de centro-direita, apoiada pelo quatro vezes primeiro-ministro Silvio Berlusconi, ganhou com mais de 5 pontos de porcentagem frente ao movimento antissistema “Movimento Cinco Estrelas” e deixando longe o partido de centro-esquerda Partido Democrático, que governa a nível nacional, na terceira posição. Enquanto que a participação eleitoral foi baixa, os resultados restabeleceram a tradição política da ilha que foi um bastião da direita entre 1996 e 2012”.

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2yKXPe2

Eleições nos EUA

The Guardian (08/11): “Democratas marcam aniversário de vitória de Trump com noite de vitórias esmagadoras”

“Os democratas estavam comemorando na quarta-feira depois de conquistar grande parte das corridas governamentais, estaduais, legislativas, de condados e prefeitos em todo o país, numa noite cheia de simbolismo, um ano após a eleição de Donald Trump como presidente. Suas vitórias incluíram três grandes eleições – governador da Virgínia, governador de Nova Jersey e prefeito da cidade de Nova York – e a primeira pessoa abertamente transgênero eleita para uma legislatura estadual.”

LINK (em inglês): http://bit.ly/2yIMNpq

Ataques com armas nos EUA

New York Times (07/11): “O que explica os ataques em massa nos EUA? Comparações internacionais sugerem uma resposta”

“Talvez, alguns especulam, porque sociedade estadunidense seja mais violenta do que a média. Ou suas divisões raciais esgarçaram os laços da sociedade. Ou seus cidadãos carecem de cuidados mentais adequados sob um sistema de atenção médica que provoca frequentemente escárnio no estrangeiro. Estas explicações compartilham uma coisa em comum: ainda que aparentemente sensatas, todas foram descreditadas por investigações sobre ataques com armas em outras partes do mundo. Em contrapartida, um corpo de investigação em constante crescimento sempre chega à mesma conclusão. A única variável que pode explicar a alta taxa de tiroteios em massa nos EUA é seu número astronômico de armas de fogo.”

LINK (em inglês): http://nyti.ms/2iEcCMq

Base conservadora de Trump dos EUA

El País (05/11): “Um ano após sua vitória, Trump mantém intacta sua base eleitoral”

““Trump abandonou a tradição presidencial de reconciliar os norte-americanos. Como na campanha, vive sob o lema ‘dividir para conquistar’. Sua única meta agora é manter a sua base contente”, afirma o professor Larry Sabato, diretor do Centro para a Política da Universidade da Virgínia. “Sua retórica popular-nacionalista cativou um núcleo eleitoral forte, 40% que votam nele sem duvidar”, aponta Andrew Lakoff, professor da Universidade do Sul da Califórnia.”

LINK (em português): http://bit.ly/2zu9b59

Visita de Trump à Ásia

Washington Post (08/11): “Como a China jogará com Trump”

“Não importa o quanto tente Trump, está claro que os chineses não estão de acordo com os estadunidenses. Ainda que não sintam nenhum afeto pelo déspota norte-coreano Kim Jong Un, temem tanto o caos que poderia gerar o colapso do regime de Kim como a perspectiva de uma Coreia unificada e pró-americana próxima de casa. Embora estejam aumentando a pressão econômica sobre Pyongyang, é pouco provável que cortem na carne em qualquer medida que provoque uma instabilidade genuína. Em troca, a China advoga por uma via diplomática que possa conduzir as negociações, ainda que potencialmente com condições que nem os Estados Unidos nem seus aliados podem estar dispostos a aceitar”.

LINK (em inglês): http://wapo.st/2iHByCN

Tratado de Paris

BBC (07/11): “Acordo climático de Paris: Síria assinará, isolando os EUA”

“Os EUA devem ficar isolados em sua posição no acordo climático de Paris, depois que a Síria afirmou estar se preparando para se juntar ao acordo. O acordo de Paris une as nações do mundo na luta contra as mudanças climáticas. A Síria e a Nicarágua eram as únicas nações fora do acordo quando este foi celebrado em 2015. A Nicarágua assinou em outubro. Em junho, os EUA disseram que se retirariam, mas as regras do acordo afirmam que isso não pode ser feito até 2020. Enquanto isso, autoridades francesas disseram que o presidente dos EUA, Donald Trump, não foi convidado para a cúpula climática de dezembro em Paris. Mais de 100 países foram convidados para a reunião, que visa “construir coalizões” com finanças e negócios para promover o acordo, disse um assessor do presidente francês, Emmanuel Macron.”

LINK (em inglês): http://bbc.in/2hj3b8A

Putin e o centenário da Revolução Russa

El País (07/11): “Cem anos depois, o Kremlin teme a revolução”

“Cem anos depois da revolução bolchevique, a Rússia é um país distinto ao que foi arrastado pela euforia de uma mudança que acabou sendo monopolizada pelo Partido Comunista da URSS. As turbulências de outubro, não obstante, seguem projetando-se sobre a Rússia atual e atuam sobretudo como alarme preventivo para seus dirigentes, obcecados por evitar eventuais “contágios” de outras “revoluções” seja de Maidan (2013-2014) na Ucrânia ou as turbulências do norte da África”.

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2AqVMZV

Corrupção em Angola

DW (06/11): “Fundo Soberano usado para o enriquecimento de gestores”

“Segundo informação veiculada pelo jornal suíço Le Matin Dimanche, a partir de documentos divulgados pelos Paradise Papers, Jean-Claude Bastos de Morais está a enriquecer ilicitamente através da gestão do Fundo Soberano de Angola, do qual é sócio junto com o filho do ex-presidente José Eduardo dos Santos, o José Filomeno dos Santos (Zenú), de quem o empresário é amigo.”

LINK (em português): http://bbc.in/2AwEjz6

Disputa política em Moçambique

El País (06/11): “Boatos sobre os ‘chupa-sangue’ inflamam disputa política em Moçambique”

“Moçambique leva o Halloween muito a sério. Nas últimas semanas foram registradas revoltas nas zonas rurais do norte do país. A polícia prendeu centenas de pessoas e, nos tumultos, duas crianças morreram por disparos da polícia. Os manifestantes atacam escritórios do Governo e libertam os presos. Tudo por culpa dos chupa-sangue (chamados de anamawula), um boato que afirma que existem pessoas dedicadas a retirar – literalmente – o sangue dos pobres para entregá-lo aos ricos para que prolonguem sua vida. Boato ou não, o certo é que em Moçambique os muito pobres vivem cada dia pior e os ricos, melhor.”

LINK (em português): http://bit.ly/2m6mQKQ

Crise política no Líbano

Washington Post (06/11): “A renúncia do primeiro-ministro do Líbano aumenta riscos no Oriente Médio”

“O primeiro-ministro libanês, Saad Hariri, renunciou no sábado numa ação surpreendente que pôs fim a sua aliança com o poderoso movimento Hezbollah e elevou o risco de conflito no Líbano. Hariri anunciou sua renúncia na Arábia Saudita e citou a influência do Irã sobre o governo libanês como a razão de sua decisão de demitir, colocando o Líbano diretamente na primeira linha de uma luta de poder cada vez mais acelerada entre Teerã e Riad.”

LINK (em inglês): http://wapo.st/2AuLxUh

Fortalecimento de príncipe saudita

The Guardian (05/11): “O rei saudita demite os principais ministros e dá mais poder ao príncipe herdeiro”

“A Arábia Saudita prendeu 11 príncipes, incluindo um proeminente multimilionário, e dezenas de ministros atuais e passados, segundo informes, numa campanha de repressão à medida que o jovem príncipe do reino consolida o poder. O rei saudita Salman nomeou no sábado dois ministros para postos-chave de segurança e economia, eliminando um dos membros mais destacados da família real como chefe da guarda nacional, como parte de uma série de demissões de alto perfil que causaram comoção no reino”.

LINK (em inglês): http://bit.ly/2lSRQxN

Tensões entre Irã e Arábia Saudita

Al Jazeera (07/11): “Arábia Saudita e Irã em guerra de palavras”

“Arábia Saudita acusou o Irã de “agressão militar direta” através dos rebeldes Houthi no Iêmen, disparando outro lançamento de advertência contra a República Islâmica. Mohammed bin Salman, o herdeiro saudita, referia-se ao míssil lançado no fim de semana em Riad desde Iêmen ao acusar o Irã por fornecer armas. Irã descartou a acusação, reportada pela Agência de Imprensa Saudita na terça-feira, como “contrária à realidade”. Os houtis advertiram que os aeroportos da Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos poderiam ser seus próximos alvos. A República Islâmica apoia os rebeldes Shia Houthi, mas nega tê-los armado. No entanto, a crise atual se estende muito além do Iêmen: Arábia Saudita deixou claro que quer frear a influência iraniana não somente na Península Arábica, mas em toda a região”.

LINK (em inglês): http://bit.ly/2m7xuRq

Prisão de ex-vice de Cristina Kirchner

NY Times (05/11): “Ex vice-presidente da Argentina preso em escândalo de corrupção”

“Amado Boudou, que foi ministro da Economia e vice-presidente da ex-presidenta argentina Cristina Fernández, foi presa por acusações de corrupção na sexta-feira, tornando-se a segunda funcionária principal em seu governo a enfrentar a detenção. A polícia prendeu Boudou e um suposto associado, José María Núñez Carmona, num bairro exclusivo de Buenos Aires por extorsão e lavagem de dinheiro. A televisão local mostrava Boudou, com semblante sombrio e vestindo uma simples camiseta negra, junto a dois oficias de segurança.”

LINK (em inglês): http://nyti.ms/2hhaNFh

Marcha em apoio à reeleição de Evo Morales na Bolívia

BBC Mundo (08/11): “Milhares de pessoas marcham para respaldar a reeleição de Evo Morales”

“Milhares de bolivianos se mobilizaram em La Paz para pedir mudanças constitucionais que permitam ao presidente Evo Morales postular-se a um quarto período presidencial em 2019. Morales, o primeiro presidente indígena boliviano, esteve no poder desde 2006. Seus simpatizantes asseguram que necessita de mais tempo no cargo para consolidar seu programa de reformas sociais.”

LINK (em espanhol): http://bbc.in/2ztySmw

Eleições no Chile

DW (07/11): “Chile: eleições em plena crise de representatividade política”

“A menos de duas semanas das eleições presidenciais e parlamentares, no Chile não impera o típico ambiente pré-eleitoral de outras ocasiões. ‘Está mudando muitas coisas ao mesmo tempo: está mudando a configuração das coalizões, está mudando a fiscalização do gasto eleitoral, está mudando o financiamento dos partidos político e todas essas mudanças de regras incidiram para que seja tão rara esta campanha”, indica Claudia Heiss, doutora em ciência política e professora-assistente do Instituto de Assuntos Públicso (INAP) da Universidade do Chile”

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2zpHHeV

Venezuela

La Vanguardia (02/11): “Ortega pede ao Supremo no exílio para anular exploração mineradora na Venezuela”

“A ex-procuradora da Venezuela, Luisa Ortega, apresentou hoje um recurso ante o Tribunal Supremo de Justiça no exílio para que suspendam a exploração do Arco Minero do Orinoco, uma franja rica em minerais cujas reservas ordenou certificar o presidente Nicolás Maduro em fevereiro de 2016. Ortega reuniu-se em Bogotá com um grupo de magistrados no exílio para lhes entregar em nome do Ministério Público “um recurso de nulidade com um amparo cautelar” e uma “medida cautelar” para “suspender os efeitos do Arco Mineiro”.

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2iIlsJq

Infobae (08/11): “Nicolás Maduro assegurou que em 2018 haverá eleições presidenciais na Venezuela”

“O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, assegurou nesta quarta-feira que no próximo ano serão realizadas eleições presidenciais, como estabelece a Constituição, ao vencer o período para o qual foi eleito inicialmente Hugo Chávez em outubro de 2012, cinco meses antes de seu falecimento”.

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2zwYuwQ

México

El País (05/11): “Marichuy Patrício, a candidata indígena presa no círculo vermelho”

“Patrício, uma nahua de 53 anos, é considerada a candidata dos zapatistas. Suas raízes também a fazem a aspirante natural, ao menos sobre o papel, dos mais de 15 milhões de indígenas que há no país. No entanto, este 12,5% da população mexicana, repartida em 68 povos, é um mosaico multicultural que não é uniforme. “A candidatura de Marichuy também tenta articular de maneira definitiva e permanente as comunidades indígenas no país”, disse nesta terça-feira o escritor Juan Villoro numa conferência”.

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2hdCy1r

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, assegurou nesta quarta-feira que no próximo ano serão realizadas eleições presidenciais, como estabelece a Constituição, ao vencer o período para o qual foi eleito inicialmente Hugo Chávez em outubro de 2012, cinco meses antes de seu falecimento”.

ARTIGOS E DEBATES NA ESQUERDA INTERNACIONAL

Catalunha

Portal de la Izquierda (08/11): “Greve geral sem sindicatos majoritários”, por Alfons Bech

“O impulso desta revolução democrática chega muito longe. Já está tocando a Europa. Bruxelas já não é o lugar tranquilo da burocracia da União Europeia. Catalunha converteu-se num centro de debate, de crise política. Ainda exilado e sem poder efetivo, Puigdemont foi o líder europeu que se atreveu a dizer na cara do Presidente da Comissão Europeia, Juncker, e na do presidente do Parlamento Europeu, Tajani, o que não queriam ouvir: “Vocês querem uma Europa com um governo encarcerado? Esta é a Europa que vocês nos propõem?”, exigindo que eles respeitem os votos saídos das eleições de 21-D. “Vocês seguirão ajudando o senhor Rajoy neste golpe de estado?” A Europa terá que responder. Trabalhadores e povos europeus e do mundo, ajudem a Catalunha.”

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2m6nec2

Sin Permiso (05/11): “21-D: ‘as’ eleições”, Daniel Raventós e Gustavo Buster

“As causas da crise estrutural do regime de 78 o fazem irreformável. Que antes ou depois – quanto antes melhor dado o custo da crise – é necessário um processo constituinte que democraticamente encontre uma solução alternativa. Fomos testemunhas das dificuldades erros e vacilações do processo soberanista catalão, mas também estamos sendo da incapacidade do governo Rajoy para lhe dar uma solução democrática e sua ameaça em converter o regime de 78 no regime de 155. Para impor não só um governo constitucionalista minoritário e antidemocrático na Generalitat, mas também esconder sua corrupção e apertar o ajuste neoliberal exigido pela União Europeia”.

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2iHxUZU

Viento Sur (08/11): “Revolução democrática ou Estado democrático”, por Óscar Bueno

“O impulso da República catalã passa também por afrontar a questão do poder do Estado espanhol na Catalunha, expresso no exército, na polícia e no monopólio de arrecadação dos principais impostos. O governo catalão dos últimos anos enfrentou esta questão mediante a ideia de criação de estruturas de Estado paralelas e a passagem da lei a lei. A realidade foi que este caminho não conseguiu dotar de força suficiente à República. Os partidos que se apresentem às eleições de 21-D, desde o campo independentista e soberanista deverão enfrentar como andar esse caminho”.

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2jfJ5N3

Esquerda.net (09/11): “Naomi Klein: ‘Prender um governo democraticamente eleito não é aceitável”

“Naomi Klein afirmou ser defensora do direito dos povos à autodeterminação, “um princípio que, eu que sou do Quebec, defendo se contar com o apoio necessário”. A escritora e ativista esteve em Barcelona para apresentar o seu último livro “Dizer Não Não Basta”.”

LINK (em português): http://bit.ly/2zqDdan

Eleições nos EUA

Esquerda.net (09/11): “Esquerda obtém vitórias históricas nas eleições nos EUA”

“Das 59 candidaturas apoiadas pelo movimento Our Revolution – que defende o alargamento da cobertura de saúde, o combate à desigualdade na distribuição do rendimento e da riqueza e a luta contra todas as discriminações – foram conquistados pelo menos 21 lugares em cargos públicos eleitos, informou uma fonte do movimento ao jornal Nation. Para além das candidaturas, o movimento esteve envolvido na campanha vitoriosa do referendo no estado do Maine pelo alargamento da cobertura do programa Medicaid. Com o resultado das eleições de terça-feira, o movimento conta agora com 35 eleitos.”

LINK (em português): http://bit.ly/2zqDdan

DSA (09/11): “15 membros eleitos, eleição de 2017”

“O Democratic Socialists of America (DSA) hoje anunciou que sua estrutura agora inclui 15 novos conselheiros eleitos. Isso se acresce aos 20 eleitos já com mandatos por todos os Estados Unidos. Na terça-feira, o DSA era representado em 25 eleições em 13 estados diferentes. Quatro desses apoios nacionais desde o DSA e muitas outras foram apoiadas por nossos comitês locais”.

LINK (em inglês): http://bit.ly/2ykHyYV

Jacobin Magazine: “Ontem foi um bom dia”, por Branko Marcetic

“Mais importante que o êxito evidente dos candidatos socialistas e o papel proeminente das plataformas de esquerda em campanhas vitoriosas sugerem que uma mensagem de esquerda é, no pior dos casos, uma receita para o apocalipse eleitoral e, no melhor dos casos, um ganhador positivo de voto.”

LINK (em inglês): http://bit.ly/2yjsKcS

Centenário da Declaração de Balfour

Viento Sur (07/11): “Um século de despossessão e resistência na Catalunha”

“Em 2 de novembro de 1917, o ministro britânico de Assuntos Exteriores, Arthur Balfour, dirigia uma carta Lionel Walter Rotschild, membro eminente da comunidade judaica na Grã-Bretanha e grande patrocinador do movimento sionista. Esta carta, conhecida com o nome de ‘declaração Balfour’ é um momento-chave da história da Palestina, posto que pela primeira vez o governo de uma grande potência se comprometia a apoiar o movimento sionista, então ultraminoritário entre as comunidades judias.”

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2zwSq7o

Eleições no Chile

Rebelion.org (07/11): “A Frente Ampla para além do segundo turno: a necessidade de pensar estrategicamente”, por Alexis Meza e Francisco Saínz

“É certo que a candidatura de Piñera representa um retrocesso. Além de sua eventual chegada ao Palácio de La Moneda se instalaria a ideia de que a cidadania não apoia as alternativas de mudança nem os processos de transformação. No entanto, é preciso consignar que se Piñera vencer será em primeiro lugar pela incapacidade da Nova Maioria de promover uma agenda de mudanças em diálogo com o movimento social. Não é a Frente Ampla quem deve carregar essa mochila”

LINK (em espanhol): http://www.rebelion.org/noticia.php?id=233362&titular=el-frente-amplio-m%E1s-all%E1-de-la-segunda-vuelta:-la-necesidad-de-pensar-estrat%E9gicamente-