por Rodolfo Vianna*
A dimensão virtual já é parte constitutiva da vida social de qualquer pessoa. Um perfil em rede social é uma importante ferramenta de lazer, de instrução, profissional etc. Promover e incentivar um “linchamento virtual”, forçando determinada pessoa a excluir de sua vida esta dimensão cada vez mais presente e necessária na contemporaneidade, é um ato de violência e que deve ser rechaçado de pronto, sem titubeio, incluindo o acionamento da esfera jurídica para que seus protagonistas respondam por isso: tanto aqueles que objetivamente o fazem quanto aqueles que o incentivam.
A presença de “haters” no mundo virtual não é um fenômeno novo, pessoas que, protegidas ou não pelo anonimato, destilam ódio, preconceito e ameaças pela internet. Entretanto, os casos mais recentes permitem caracterizar este fenômeno sob um novo ângulo, uma vez que sua manifestação ganha espaço na esfera pública e no agendamento das pautas políticas. Os “haters”, massa mais ou menos amorfa, mais ou menos organizada, coadunam-se sob certas bandeiras ideológicas e, assim, necessitam serem entendidos atualmente como um novo agente político no cenário brasileiro. Ignorar esta nova dimensão é um grande e perigoso equívoco.
A perseguição, o amedrontamento e a agressão tampouco são ferramentas novas na política. Entretanto, a força de sua presença na esfera pública sempre foi inversamente proporcional à força da democracia vivenciada. Não raro, foi prenúncio de tempos sombrios do império do arbítrio e do totalitarismo. Enquanto agentes políticos, os “camisas negras” na Itália foram o aríete e a pavimentação do caminho de ascensão de Benito Mussolini na Itália dos anos 1920. Os “camisas pardas”, ou SA, cumpriram os mesmo papel, no mesmo período, para a ascensão de Hitler na Alemanha, como exemplos.
Estes grupos paramilitares eram formados majoritariamente por jovens movidos pela descrença na política institucional então vigente, indignados com a falta de “ordem”, conservadores no plano moral e dos costumes, patriotas exaltados e ávidos pelo resgate de um mítico orgulho nacional. Paranoicos, viam por todos os lados ameaças aos valores que julgavam serem caros a qualquer “cidadão de bem”, alarmados com o que consideravam ser o estado de degeneração em que se encontrava a sociedade, além de apontar inimigos “externos” que ameaçariam à unidade da nação: anarquistas, comunistas, judeus, ciganos, homossexuais etc. Tudo dentro de um contexto de acentuada crise econômica que minava expectativas positivas sobre o futuro se nada fosse feito.
Em que pese a existência de uma organização formal, o método de ação destes grupos na maioria das vezes era espontaneísta e pulverizado: respondendo a algum estímulo, alvoroçavam-se contra artistas, intelectuais, sindicatos (e sindicalistas), partidos políticos (e militantes), jornais (e jornalistas) ou qualquer coisa que julgavam ser uma ameaça à sua crença moral e política, usando da intimidação, humilhação pública e violência. A principal função era a de criar distúrbios, demonstrar força e silenciar os contrários. Cachorros loucos, cresceram exponencialmente nos anos de 1920 e 30, sob o estímulo de determinadas lideranças e, importante frisar, sob a cumplicidade silenciosa de outros atores políticos que viam neles oportunas ferramentas de ataque aos seus inimigos comuns. O que se sucedeu já é sabido.
Do início do século XX ao início do século XXI
Durante a campanha eleitoral de 20141, “haters” já estavam nas ruas e não foram raros os relatos de agressões verbais e físicas. Expressões de determinada posição política eram rechaçadas com violência. Tornou-se tenso sair à rua com camiseta ou boné de determinado partido político ou movimento social; pior, tornou-se tenso até mesmo trajar uma cor, o vermelho. Um clima de insegurança e amedrontamento já estava instaurado, e aquele conselho que jamais se esperaria ouvir numa democracia lhe era dado por pessoas que queriam o seu bem: “não se vista assim, não use esse broche, não fale isso… cuidado”.
Alguns entenderam esse fenômeno como consequência da polarização política expressa naquela eleição, mas isso por si só não é suficiente. Não foi a primeira eleição polarizada na história recente do país, tampouco o primeiro embate acirrado entre aqueles dois partidos (PTxPSDB). A polarização, portanto, não era inédita: mas o clima de agressividade, violência e amedrontamento derivado de um posicionamento político, sim.
Terminada a eleição, derrotado nas urnas o candidato de oposição (PSDB), o arrefecimento previsível derivado da ausência da disputa eleitoral não se deu. O discurso de ódio continuava sendo propagado abertamente por comentaristas políticos em grandes veículos de comunicação. A teia de boataria, já amplamente utilizada no período eleitoral, ampliava-se em redes sociais e meios eletrônicos de comunicação (vale lembrar que o boato tampouco é novidade na disputa política). Organizações novas, percebendo a potencialidade da arena política virtual, fortaleceram-se e protagonizaram as maiores manifestações de rua da história recente do país exigindo o “impeachment” da presidenta recém-eleita.
O processo de “impeachment”, entre aspas por ter sido um golpe parlamentar, não é o objeto deste artigo, e por isso não se fará uma análise mais detalhada dos movimentos das forças políticas que o promoveram. Entretanto, cabe ressaltar três coisas: 1) A existência crescente dos “haters” na arena política (tanto virtual quanto material); 2) O fomento ao seu crescimento por novos agrupamentos políticos (MBL, Vem pra rua e afins), e 3) A cumplicidade de agentes políticos tradicionais que buscavam instrumentalizá-los para o alcance de seus objetivos estratégicos (o impeachment e a aniquilação de qualquer organização entendida como de “esquerda”).
A moral, os bons costumes e os esquerdistas
Passado o processo de “impeachment” e assumindo o presidente Michel Temer, a fachada farsesca da bandeira do “combate à corrupção” ruiu pela dureza dos fatos concretos que se sucederam, explicitando o real caráter das grandes manifestações pelo processo de impeachment, a saber, um “anti-petismo” e um inconformismo com a derrota eleitoral. Se não era mais plausível trabalhar somente na caracterização da esquerda como corrupta, como operado no processo pré-impeachment, o discurso mobilizador de ódio deu mais peso às chamadas pautas “morais”: ameaça à família, à educação, à infância e juventude, a Deus, etc.
Assim, resgatou-se o velho discurso da esquerda como corruptora da “sociedade” e de seus “valores” pétreos. A luta do movimento feminista de denúncia da condição subalterna da mulher na nossa sociedade é tachada como sendo “histérica” (adjetivo mais do que sintomático); a luta do movimento LGBT de denúncia da violência que sofre e por igualdade de direitos é tachada como sendo a de “busca por privilégios e destruidora da família tradicional”; a luta pelo ensino de valores mínimos como tolerância, respeito e convivência é alardeada como “doutrinação” (e até a educação sexual como sendo “sexualização precoce”); artistas e suas obras tornam-se “degenerados”, a denúncia de discurso de ódio de certos segmentos religiosos evangélicos viram “cristofobia” e a luta pela defesa dos Direitos Humanos é encarada como sendo a de proteção do bandido em detrimento do “cidadão de bem”. A estas inversões, permanece e amplia-se o recorrente discurso de tratar os movimentos sociais populares como organizações oportunistas e compostas por “vagabundos” e “criminosos”.
Propositalmente, todas estas pautas são agrupadas ideologicamente como sendo oriundas dos “esquerdistas”, termo genérico e pejorativo que denota aqueles cujas reivindicações são tomadas como destruidoras dos valores morais vigentes e, ainda, uma ameaça à mítica unidade nacional: não à toa, o velho recurso do embate entre o “verde e amarelo”, cores da Bandeira Nacional, e o “vermelho”, cor de alguns partidos e movimentos sociais, é estimulado. Assim, o elemento ideológico do “nacionalismo” é ativado, ainda que farsescamente. Mas, novamente, nenhuma novidade: todo nacionalismo tem por base o farsesco, e eleger determinado grupo como o grande inimigo da nação também não é de hoje. Entretanto, é justamente nesta falta de novidade que mora o perigo desses novos agentes políticos que são os haters do início do século XXI.
Dos métodos
Retomando o início deste texto, a dimensão virtual já é parte constitutiva da vida social do indivíduo contemporâneo, assim também como parte importante da atividade econômica de estabelecimentos comerciais e de informação. Feita a constatação, as perguntas: o que difere o linchamento em um perfil de rede social da execração em praça pública? Da intimidação virtual e consequente exclusão de um perfil da privação de liberdade e do medo de sair à rua? O massivo ataque calunioso a determinado estabelecimento de uma pichação de parede ofensiva ou quebra de vidraças? A “derrubada” de uma página on-line do empastelamento de um veículo de comunicação? O que há é a manifestação da mesma e conhecida tríade “perseguição, intimidação e violência”, só que agora na esfera pública virtual, inexistente no início do século XX porém ubíqua neste início de século XXI.
Recentemente, porém, um evento foi emblemático: o encerramento precoce de uma exposição de arte devido às pressões destes grupos. No mês de setembro de 2017, o Santander Cultural de Porto Alegre encerrou um mês antes do previsto a exposição “Queermuseu – cartografia da diferença na arte brasileira” após pressão de grupos religiosos e do movimento MBL, sob infundadas (e absurdas) alegações de estímulo à pedofilia e à zoofilia que circularam pela internet. O recuo do Santander Cultural, encerrando a exposição e emitindo ainda uma nota bastante condenscendente com os inverídicos argumentos dos ataques sofridos, foi uma infeliz sinalização. Estes grupos conseguiram um resultado concreto: forçaram uma instituição cultural a se auto-censurar. O Rubicão2 fora atravessado.
Protestos semelhantes ocorreram após o alardeamento de um factóide envolvendo uma performance no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), culminando com um ato em frente à instituição com ameaças de ocupação e resultando na agressão física a uma funcionária. Mais recentemente, a perseguição foi contra a filósofa americana Judith Butler, com movimentações que visavam inviabilizar as conferências que faria no país.
Outro caso que merece destaque foi a demissão de um jornalista pela Folha de S.Paulo (um dos maiores e mais importantes jornais do país) após uma onda de ataques sofrida por ele ter criticado o filme de Danilo Gentilli. Usando seu perfil do twitter, com quase 16 milhões de seguidores, Gentilli replicou a crítica negativa com os dizeres: “para enquadrar”. O termo em si já reflete o arbítrio e a violência. Segundo levantamento parcial realizado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), mais da metade das denúncias feitas por jornalistas e recebidas formalmente pela entidade no ano de 2017 relatam ameaças vindas do MBL3.
Não se aprofundando sobre as diversas e cada vez mais recorrentes manifestações similares, o que vale salientar é justamente a constatação do método: não se trata de criticar, expor a diferença e/ou o posicionamento contrário a algo (ainda que derivados de falta de informação, mentiras ou crenças religiosas particulares), posturas necessárias e que cabem num regime democrático. O que se dá nessas ações, por suas vez, é a tentativa de silenciamento do contrário mediante a perseguição, intimidação e violência. E isso não cabe numa democracia e nem pode ser tolerado.
São essas manifestações que dão sustentação a projetos de lei que avançam nas diversas esferas legislativas. Movidos por identificação com as reivindicações ou por mero oportunismo eleitoral, parlamentares apresentam (ou aprovam) propostas cujo espírito antidemocrático e mesmo antirrepublicano são explícitos. Como exemplo maior, o “Escola sem partido”, projeto de patrulhamento ideológico e de imposição de temário específico no escopo da Educação: sob o discurso do combate à suposta doutrinação nas escolas, implementa-se a censura e o controle ideológico de conteúdo.
As enormes labaredas consumindo uma pilha de livros considerados “degenerados” e “subversivos”, em cerimônias realizadas na Alemanha nazista em 19334, tornaram-se prenúncio dos tempos que viriam. Ainda em 1823, século XIX, o poeta alemão Heirinch Heine escrevera: “onde se queimam livros, acaba-se por queimar pessoas no final”5. Heine era judeu.
No ato do dia 07/11 em frente ao SESC Pompeia, em São Paulo, um boneco representando a filósofa Judith Butler fantasiada de bruxa foi queimado pelos que queriam impedir a realização da sua conferência no local. Para além desse emblemático gesto, a instituição recebeu forte pressão destes grupos – e de políticos ameaçando corte de repasse de verbas – para que sua palestra fosse cancelada. A instituição SESC, diferentemente do Santander Cultural, não cedeu e o evento ocorreu. A filósofa iniciou sua conferência agradecendo a posição do SESC.
Considerações finais
Em que pese as diferenças, as semelhanças já são assustadoramente grandes para compreender a motivação e a ação desses grupos de haters em analogia as dos grupos paramilitares fascistas do início do século XX. Esta caracterização se faz importante por dois motivos: 1) identificar o fenômeno em sua dimensão política e, consequentemente, 2) combater o fenômeno em sua dimensão política.
Há de se perder, de uma vez por todas, um certo olhar complacente para com eles motivado muitas vezes pelo caráter exdrúxulo, caricatural e profundamente ignorante de algumas de suas lideranças e, em maior escala, de seus membros. Não há mais espaço para riso quando alguém difunde um vídeo “comprovando” o projeto de dominação comunista ao confundir uma alegoria com a bandeira brasileira e a japonesa dentro do Congresso Nacional, tampouco desdenhar por ser absurdo quando propagam que há uma conspiração internacional em marcha para destruir os valores “basilares” da sociedade, incluindo a “família” e a “natureza humana”, com participação ativa da Unicef. A História já demonstrou que não é por ser insano que um argumento deixa de conquistar corações e mentes na política.
Outra medida urgente é denunciar e combater a postura de muitos políticos tradicionais que flertam com estes grupos movidos por oportunismo político e eleitoral, vendo neles alguma utilidade particular ao seu projeto pessoal. A estes, somam-se aqueles que, se não flertam abertamente, silenciam-se frente às suas práticas e ações pelos mesmos motivos. Novamente a História já demonstrou o peso da omissão em determinadas conjunturas. O que está em jogo aqui não é o resultado da partida, mas as suas próprias regras. E por isso que cabe também uma cobrança sistemática dos grandes veículos de comunicação para não terem postura que possa parecer cúmplice. Vale lembrar como agravante que hoje a segunda maior emissora de televisão do país já é de um agrupamento evangélico com claro projeto político.
Às possíveis críticas que este texto possa receber apontando um superdimensionamento do tamanho e influência destes grupos, ou mesmo o quanto de atenção dada a eles só os fazem aumentar, há uma resposta prática: dada a potencialidade destrutiva deste fenômeno, superdimensioná-lo em seu combate é antes de tudo necessária prudência política, talvez mesmo urgência histórica. E sobre o ponto da atenção e consequente propaganda a eles, há de reiterar o quanto a omissão historicamente já se demonstrou potencializadora de barbáries. Vale lembrar, retomando a analogia aqui colocada entre os “haters” e os grupos paramilitares fascistas do início do século XX, que estes últimos também eram minoritários no conjunto da sociedade e, no princípio, tratados com desdém dado a seu caráter folclórico e “descolado da realidade”6.
Cabe ainda uma reflexão que merece um aprofundamento posterior, mas que já deve ser lançada. As então novas tecnologias de comunicação foram intensamente utilizadas pelos grupos nazi-fascistas do início do século XX. Cabe perguntar-se até mesmo se sem a existência do rádio e do audiovisual, poderiam estes movimentos crescerem e se tornarem regimes políticos. Assim, a pergunta provocativa: será que a consolidação desta nossa nova tecnologia neste início de século XXI, a internet, também não pode passar a ser a possibilitadora de um neomovimento fascista e a consequência de um neoregime fascista? Reparem: o prefixo neo está nas palavras “movimento” e “regime”, e não no adjetivo “fascista”. Ou seja, o “novo” está na forma, e não na caracterização.
Por fim, cabe trazer a etimologia da palavra “virtual”. A palavra deriva do radical latino “virtus”, que significa “força” ou “potência”. Assim, uma acepção de virtual é aquela que toma alguma coisa como detentora de força ou que carrega em si a potência de existir. “Virtual”, portanto, não é sinônimo de “irreal”, “inexistente”: virtual é aquilo que carrega em si a possibilidade/potencialidade de se tornar real ou até mesmo a de se equivaler ao real. Enxergar o “virtual” como “irreal” é um perigoso equívoco metodológico que pode levar a análises e diagnósticos, estes sim, completamente descolados da realidade. É com esse entendimento da palavra que deriva a compreensão dos haters como sendo os grupos paramilitares virtuais do início do século XXI.
A História, em sua dinâmica, é permeada de fenômenos “neovelhos”. Antes de serem uma contradição, são resultados das condições históricas de cada período (sociais, econômicas, culturais e tecnológicas). Dada a experiência vivida pelos regimes totalitários de meados do século XX, e sua magnitude destruidora e trágica, cabe como dever histórico de qualquer humanista a luta para que a História não se repita, nem mesmo como farsa.
* Rodolfo Vianna, 32, é jornalista, doutor em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem. Filiado ao PSOL, é assessor de comunicação da Fundação Lauro Campos.
1Ainda em 2013, dentro do que ficou conhecido como “jornadas de junho”, ao menos na cidade de São Paulo já havia a presença desta turba intimidatória contra militantes de determinados partidos ou ideologias. No ato comemorativo à redução da tarifa de ônibus (bandeira que deflagrou as manifestações), em 20/06/13, militantes identificados como de esquerda foram agredidos física e verbalmente por outros manifestantes “apartidários”.
2Durante a antiga República Romana, havia uma lei promulgada pelo Senado que proibia a qualquer general que atravessasse o rio Rubicão (ao noroeste de Roma) com suas tropas, justamente para evitar qualquer ameaça à República por meio do uso da força militar. Júlio César atravessou o Rubicão em 49 a.C., desencadeando uma guerra civil e, posteriormente, a instauração do Império Romano. César teria dito, neste momento, outra famosa expressão: “alea jacta est” ou “a sorte está lançada”. A expressão “atravessar o Rubicão”, portanto, passou a significar a realização de um passo ousado e com grandes consequências, sem retorno.
4Em 6 de abril de 1933, a Associação Nazista Estudantil Alemã divulgou nacionalmente um “Ato contra o Espírito Não Germânico”, o qual culminou em uma “ “depuração“ ou “limpeza” literária pelo fogo. Em um ato simbólico de envergadura profética, em 10 de maio de 1933 os estudantes universitários atearam fogo em mais de 25.000 livros por eles considerados “não alemães”, pressagiando uma era de censura política e de controle cultural nazista sobre toda a população. Naquela noite, estudantes em trinta e quatro cidades universitárias na Alemanha marcharam à luz de tochas em desfiles organizados para protestar “contra o espírito não alemão”. Muitos faziam parte das SA hitleristas. (fonte: Museu do Holocausto de Washington https://www.ushmm.org/wlc/ptbr/article.php?ModuleId=10007978)
5“dort wo man Bücher verbrennt, verbrennt man auch am Ende Menschen” (No livro Tragödien: nebst einem lyrischen Intermezzo – Tragédias: além de um intermezzo lírico – 1823).
6Em 1923, Hitler tenta um mal fadado golpe para tomar o poder na Baviera. É preso. Em 10 anos, assume o poder pela via democrática.