A Vigília Lula Livre, em Curitiba (PR), foi palco da mesa de diálogo “Unidade para Reconstruir o Brasil”, que une representantes das fundações partidárias para traçar uma agenda progressista comum entrem os partidos e formar uma Frente Democrática de unidade composta pelo PSOL, PT, PCdoB, PDT e PSB.
Francisvaldo Mendes, presidente da Fundação Lauro Campos, abriu a exposição das fundações com uma análise histórica e da atual situação do Brasil. “A elite sempre utilizou o Estado para seus interesses. No Brasil, ainda tem um agravante porque o Estado é usado para interesses particulares. É o interesse pessoal de determinada família que está no poder, que se apropria do Estado para seus próprios interesses”, enfatiza.
Joaquim Soriano, da Fundação Perseu Abramo, destaca que a construção democrática sempre é feita por um caminho tortuoso. “A classe dominante no Brasil não gosta do voto. E tratam os representantes do povo como populistas. Numa democracia de massas quando o povo elege, é muito difícil votar em proposições que sejam contra o povo. Isso explica a popularidade insignificante de um presidente que não foi eleito como Michel Temer”.
Rubens Diniz, da Fundação Mauricio Grabois, afirma que o caminho para retomar a democracia no Brasil passa pela liberdade do ex-presidente Lula. “Acreditamos que as saídas para o Brasil se passam pela política. O que vemos neste momento é um desrespeito ao poder soberano do voto popular e ao direito de Lula ser candidato”.
A união das fundações Lauro Campos, Perseu Abramo, Mauricio Grabois, Leonel Brizola e João Mangabeira tem o objetivo de construir uma nova maioria política e social capaz de retirar o Brasil da crise e encaminhá-lo a um novo ciclo político de democracia, de soberania nacional e de prosperidade econômica e progresso social. Outros encontros como esse estão programados para acontecer em outras cidades do país.