Solar Cultural
No dia 07 de abril o Solar Cultural recebeu o evento “Arte e política na música: das resistências, rimas e ritmos”. Combinando debate e apresentações musicais, o evento contou com a presença de Jeferson Oliveira (cientista social e mestre em Teoria da Música), Rubinho Lima (percussionista e especialista em samba e black music) e Marcos Murillo (professor da Universidade Livre de Música Tom Jobim). O Clube do Choro de São Bernardo do Campo também se apresentou. Neste mesmo dia, foi oficialmente lançado o Edital de Seleção de Obras para uma exposição de arte contemporânea “A NOVA ARTE POLÍTICA”.
A Fundação Lauro Campos dá início a mais um projeto neste ano de 2017.
Batizado de “Solar Cultural”, a iniciativa visa transformar a sede nacional em um espaço aberto para iniciativas culturais que tragam reflexões sobre a produção artística e suas consequências no debate político.
A exposição “A Nova Arte Política” está inserida no contexto do projeto “SOLAR CULTURAL” da Fundação Lauro Campos, é, portanto, uma de suas ações em 2017. A produção é da RAROnc.
A exposição “a nova arte-política” está inserida no contexto do projeto “SOLAR CULTURAL” da Fundação Lauro Campos, é, portanto, uma de suas ações em 2017. Um dos eixos ou objetivos do projeto, além de instituir uma ocupação criativa na sede da fundação, ampliar diálogo e produzir potência simbólica e política, é trabalhar a relação arte-política,que não é nova. Para contribuir de forma colaborativa com a reflexão, decidimos trazer como conceito-orientador da exposição a perspectiva (aberta ainda) de uma “nova arte-política”, primeiro como uma provocação que resulte na formulação de respostas estético-reflexivas do que desejamos designar “a nova arte política”, depois como uma fórmula para pensar/expressar os empasses vividos hoje sob rótulo de “crise” e apontar saídas.
Qual o papel da arte para a política e da política para a arte?
Para o professor Miguel Chaia, PUC SP, a arte tem o papel de reativar a vida, no sentido de que…
…a arte deve criar situações e não expressar aquelas já existentes. Contra o espetáculo encenado pelo capital – produtor da mercadoria e da forma-imagem –, a arte deve inventar novas paixões, engendrar novas relações e, dessa forma, reativar a vida. Assim como a forma de fazer política deve ser refeita, também a arte deve ser superada. Debord propõe uma nova arte contra a arte do capital. Uma outra expressão estética contra a arte-mercadoria, para combater a pressão que limita ou impede a vida.
Professor Miguel Chaia PUC SP
A nossa “nova arte política” é um conceito aberto ainda, em construção, mas que pressupõe recombinar a utilidade historicamente observada na relação ao crer no sentido de uma complementaridade, e acreditar que o elemento político é inelutável mesmo no que parece a expressão de subjetividade nas artes; a cultura/as artes é vista aqui como elemento constitutivo do desenvolvimento humano (o desenvolvimento de capacidades – julgar/ver/perceber/sentir/ouvir), mesmo que de maneira espontânea ou inconsciente o sentido de toda ação criativa é social.
Ficha técnica do projeto
Realização – Fundação Lauro Campos
Projeto e conceito – Lorena Ferraz e Márcio Rosa
Coordenação Institucional – Juliano Medeiros e Márcio Rosa
Coordenação administrativa – José Ibiapino
Produção e conceito – Lorena Ferraz
Assessoria de Imprensa – Rodolfo Vianna
Criação de logo e design gráfico – Cláudio Zamboni e Luciano Perobelli
Monitoria de arte – Alícia Esteves e Tales Boffetti.