Salão do Livro desafia a crise brasileira

Organizado pelas principais editoras do mercado independente de São Paulo, a quarta edição do Salão do Livro Político discute o Brasil pós-golpe de 2016. De 18 a 21 de junho, no Tucarena, debates sobre a crise, as eleições, o cenário econômico, censura e ciências, fake news e os 30 anos da Constituição de 1988 mobilizam pessoas interessadas na construção de em país mais justo e igualitário.

Livros políticos representam cerca de 2,5% do total das obras publicadas anualmente no país. Organizar um evento que visibiliza a formação política, tendo como base o campo das esquerdas é um grande desafio. Qualificar o debate político e incentivar a leitura e venda dessas obras no mercado são os objetivos do Salão.

O Salão do Livro Político conta com o apoio das Fundações ligadas aos partidos. Para o presidente da Fundação Lauro Campos, Francisvaldo Mendes, a falta de comprometimento com a construção do campo das esquerdas é um dos grandes problemas para a organização do evento. “A importância da política na construção social se evidencia ainda mais neste momento de crise. Por isso da importância do Salão e de estarmos presentes”.

Para além dos debates, o espaço da feira de livros é um dos mais interessantes a ser visitado. Ali, as editoras expõem os principais títulos em ciências políticas publicados no país. São mais de 30 editoras, algumas universitárias, com centenas de títulos e descontos que chegam a 50%. A Fundação Lauro Campos está presente com suas principais publicações.

Durante às tardes, acontece o curso “A teoria da revolução”, em quatro aulas sobre Marx (com o professor Mauro Iasi), Lênin (Augusto Buonicore), Bakunin (Acácio Augusto) e Rosa Luxemburgo (Isabel Loureiro).